GORÓ-AÇU

Pegue seu copo e aguarde carregar a Oração do Bebum.

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Itaipuaçu - 21 a 24 de novembro de 2002

Pelo quinto ano consecutivo o nosso Editor-Lambão convocou toda a Comunidade 68 para com ele curtir alguns dias de descanso (descanso?!) em sua casa de veraneio, em Itaipuaçu. Temos a certeza de que muitos gostariam de estar conosco num momento desse. Mas sabemos também que poucos, bem poucos, têm condições e o privilégio de fazer parte de uma empreitada como essa. Infelizmente os compromissos do dia a dia nos roubam muitas oportunidades de lazer. Aos que não puderam comparecer, mesmo entendendo o porquê da ausência, só temos a lamentar...

Mas, vamos aos fatos. Já na quinta-feira seguia para o local Temístocles, Heleno e Justiniano - a equipe da linha de frente - para fazer a varredura e o devido reconhecimento do terreno. Afinal, tudo precisava estar nos trinques para a chegada do resto da turma, a começar pelo Senna, que deu o ar da graça ainda na quinta-feira. Este conseguiu conciliar sua vinda a negócios, de BH ao Rio, com o encontro na casa do Jerê. Valeu, garoto! O próximo a chegar seria o Delamônica, da Turma de 59.

Mesmo para os que nunca tinham ido ao local, não tinha como errar. A bandeira da Gloriosa Turma de 68 tremulando à frente da casa do anfitrião acusava o "point".


"Imponente, a Bandeira saudava os que chegavam !"

Ao longo de uma das paredes, na área reservada ao churrasco, uma novidade: Um acervo de fotos da Turma de 68 relembrando os inúmeros momentos por que passamos. São fotos históricas tiradas no percurso desses trinta e quatro anos, que nos trazem muitas lembranças agradáveis, dentre elas, a imagem do nosso saudoso Fonseca, sempre lembrado e reverenciado entre nós, principal responsável por esses elos que nos unem até hoje. A ele a nossa eterna homenagem...


 "De vez em quando podia se ver alguém admirando as inúmeras fotos da Turma emolduradas na parede." 

Mas, na realidade, foi na sexta-feira pela manhã que as atividades começaram a esquentar. Cheguei tão cedo quanto possível para curtir ao máximo! Daí pra frente foi só saborear tira-gostos e churrasco o dia todo, beber todas, jogar conversa fora, dar um mergulho aqui e alí na piscina, dar uma chegadinha na sauna de vez em quando, disputar umas partidinhas de pingue-pongue e sinuca no salão de jogos... Que dureza, hein?! E assim foi o período do dia da nossa sexta-feira.


"A turma de churrasqueiros era da melhor qualidade! "


" Na piscina, ninguém jogou água fora da bacia! "


"O Grande Monarca se bronzeou de proa... "


"... e de popa! "


" No salão, a bolinha de pingue-pongue não teve trégua. "

Já à noite, cada qual escolhe o seu canto para dormir. Jerema consulta o computador para ver se tem algo novo nas paradas... não tem. Em seguida vai logo dizendo que não abre mão de um determinado quarto para dormir... Ninguém entende o porquê, mas não nos cabe contestar; afinal, a casa é dele. Mas no dia seguinte não deixei por menos, fui pesquisar. E fazendo uma vistoria geral pela casa pude notar que o nosso Editor-Lambão faz tanta questão do quarto porque o mesmo é maceteado: o cara só dorme cercado de uma redoma de filó em tom rosinha-claro (aliás, o cunhado dele também!). Indagados a respeito, eles  dizem que não suportam "pica dura" de mosquito... Huuummm!


“Dormir sem consultar o computador... nem pensar!"

 


" Temístocles na sua redoma.... e cunhado de Temístocles na outra redoma "

Mas a coisa não pára por aí. Pude constatar ainda que o aparelho telefônico do Jerê é identificado com algarismos coloridos e cintilantes, do tipo "stickers", e a plantinha que o cara cuida com mais carinho é uma que fica grudada ao tronco da amendoeira. Nome dela: Chifre de Veado. Pode uma coisa dessa?! É, pessoal... decididamente nosso Editor-Lambão já não é mais o mesmo; anda com umas manias muito estranhas...! Oxalá o Romar nem leia essa reportagem, do contrário... Shiiiiii!... Isso não vai dar certo!

Sábado. Seis e trinta da manhã. Com exceção do Justiniano que já está suando a camisa, dando sua corridinha matinal de 60 minutos, os demais da tropa precisam ser acordados na forma da Lei. Na ausência de um bom corneteiro, vou eu mesmo tocar a alvorada.


"Santos Oliveira, desafinadíssimo, dá o Toque de Alvorada. "

Justiniano volta da corrida e, nada mais justo do que tomar aquele banho ao ar livre. Só que, como nada escapa à câmera maldita, o flagrante não podia deixar de ser registrado...


" E lá estava ele, do jeito que veio ao mundo...! "

Aos poucos, embora à contra-gosto, todos vão se levantando. A mesa do café da manhã não tem luxo mas é farta: pão, manteiga com sal e sem sal, patê, queijo branco, mortadela e ovos estrelados, especialmente feitos pelo Monarca Heleno. Enfim, só não come quem não quer. E os primeiros a sentar-se à mesa são os mais peixados...


"O café da manhã só não tinha caviar."

Logo após o café, Senna anuncia que vai fazer também sua caminhada pela orla da Praia de Itaipuaçu. A moçada se entreolha e fica meio assustada com o anúncio do mineirão. É que o mar por alí é traiçoeiro e ao mínimo abuso o cara dança! Resolvo então seguí-lo à distância, como se fosse seu segurança pessoal (e em solidariedade à preocupação dos demais). É claro que o mineirão não sabe que está sendo seguido... De longe, só vou registrando...


"Como Chapeuzinho Vermelho, lá vai ele bem sozinho pela estrada afora, 
mas sem levar  os doces para a vovozinha!... "


"... e prefere pegar o caminho da praia em vez do da floresta... "


"... e, como todo bom Mineiro, desconfiado, ele não consegue andar 50 metros sem olhar ao redor e se perguntar:
"Será que tem alguém me olhando?" "

Finalmente, ao perceber que o rapaz está a salvo e já no caminho de volta pra casa, me apresso e volto antes dele para me juntar aos demais companheiros, como se nada houvesse acontecido. Quem diria, hein?!... Eu, babá de marmanjo!   Não demora muito e chegam mais pré-cadetes: Ewerton, Tecles, Elanir, Dilermando, Damasceno, Penna Firme com seu filhinho Gabriel, Cícero Avelino, da Turma de 66, e Vila Real e Gusmão, da Turma de 65. Fotos são tiradas a todo momento, já que toda hora chega mais um... Seguem, então, abaixo, vários momentos registrados:


”Justiniano, Heleno, 59/177 Delamônica, Temístocles, Senna e Santos Oliveira registram presença.”


“Tecles, Dilermando, Damasceno,  Heleno, Justiniano, Temístocles e Paulo Fernando. Elanir, Rolin, Ewerton e Santos Oliveira, num dos poucos momentos de total coceba.”


“Euclides e seus “mistérios.”


“Representantes de quatro turmas numa só foto: 68/324 Heleno, 291 Temístocles, 317 Justiniano, 66/422 Avelino, 68/323 Elanir, 191 Dilermando, 140 Penna Firme, 67/382 Santos Oliveira, 68/321 Ewerton, Maury (amigo do Vila Real) e Gabrielzinho. Agachados, 65/107 Gusmão e 281 Vila Real.”


“Senna “estola” após a caminhada.”


“Paulo Fernando “estola” lendo as notícias políticas atuais.”

Sábado, às tantas da noite, um acontecimento inédito: show ao vivo, quase na esquina da rua do Jerema, com o Conjunto "The Pops". Quem nos anos 60 curtia as músicas da época, com certeza lembra desse grupo, cujo sucesso se estendeu por todo Brasil. Hoje, me parece que apenas um dos antigos membros faz parte do grupo, o baixista. Quem foi ao show, gostou. Eu, como não sou homem da noite, durmo cedo e por isso não assisti e tampouco fotografei. Ficam aqui então as minhas “apologias”!

Domingo chega e o ritual do café da manhã se repete. Começo a fazer a mala para partir antes do meio dia. Heleno, Justiniano e Paulo Fernando aderem à idéia e acabam voltando comigo para a Cidade Maravilhosa. Temístocles e seu cunhado Euclides são os que ficam; afinal, antes de partir, Jeremias, O Bom, precisa deixar a casa nos conformes para não levar aquela bronca da D. Helena.

Agradecemos a todos os que com suas presenças tornaram o nosso final de semana tão especial. Principalmente àqueles que embora não não tendo o privilégio de serem chamados de 68 (Ha! Ha! Ha! Bem feito, quem mandou fazerem concurso antes da hora?!) lá apareceram para prestigiar. A eles nossa continência, nosso abraço e o reconhecimento! 

Foi bom enquanto durou e só esperamos poder contar com mais adeptos no próximo Goró-Açu, para no final ver uma cena de despedida mais ou menos assim:

PROCEDIMENTO PADRÃO DE TODO GORÓ-AÇU


Em tudo e por tudo o Goró-Açu foi mais uma vez um sucesso. Foi pena não termos um efetivo maior. Mas como a finalidade do evento, entre outras, é a qualidade e não a quantidade dos que vão, nos damos por satisfeitos.

Com o meu forte abraço e saudações BQanas aqui me despeço. Que Deus nos abençoe.


67/382 Santos Oliveira.