MARÇO 2010


REUNIÃO REGIONAL MENSAL

Clube de Aeronáutica – Rio de Janeiro

Reunião do dia 26 de março de 2010

 

  Clube cheio, dia de festa no salão nobre. No deque do clube, além das Turmas “SEMPRE JUNTOS”, de 68, e “TERROR NEGRO”, de 72, que ali se reúnem normalmente, muito ‘agito’, música ao vivo e muita gente desconhecida ocupando várias mesas. Esse foi o cenário da noite. Até para conversar ficou difícil em decorrência do som alto de dois cantores contratados para a ocasião. Mas nada disso foi obstáculo para o sucesso do nosso encontro.

 

Dessa vez, entre outros fatos, tivemos a satisfação de receber duas damas e três amigos que já havia bastante tempo não víamos na reunião mensal - Araripe, Murilo e Accioly. Ficou assim, então, a ‘rela’ de presença: 67-382 Santos Oliveira, 68-229 Celso Lopes, 252 Araripe e Eliete, Neves e Vera Lucia, 272 Werneck, 291 Temístocles, 296 Bosco, 299 Moraes Cruz, 317 Justiniano, 321 Ewerton, 324 Heleno, 329 Murilo, 443 Accioly e 71-227 Chaves. Agradecemos às damas pela presença. Voltem sempre.

 

Durante o bate papo o Werneck nos relatou que na semana anterior ele, o Ewerton e o Justiniano foram até BQ. Os três representavam a Associação de Ex-Alunos na entrega de um diploma à Turma de 65, pela comemoração dos seus 45 anos de passagem pela EPCAR. E já que estavam lá, por que não passear um pouco pela cidade? E lá foram os nossos heróis. Primeiro, pela Rua 15 de Novembro, depois pela Praça dos Andradas - a famigerada Praça dos Macacos -, em seguida por uma feira livre de final de semana, e mais aqui, ali, acolá, até que resolveram pegar um táxi. Pediram ao motorista para fazer um ‘tour’ pela cidade. Ao passarem pelo Colégio Imaculada Conceição (Quem não lembra?!), perguntaram ao taxista se ainda havia algum daqueles ‘points’ conhecidos por qualquer BQano da nossa época: a Vovó, o 60, o Rancho Alegre, a Dora. O taxista sorriu e respondeu que apenas o prédio da Dora ainda estava de pé. E não é que os três carinhas pediram ao motorista para levá-los até lá?! Não satisfeitos, ao chegarem ao local desceram do carro e não se furtaram a uma foto bem em frente ao prédio. Vão gostar de recordação assim lá na... E só não visitaram a casa do Jupira por esquecimento. Arrego aí p’rocês, ô!!!

 

Os três garanhões em frente à Dora: momento de muitas lembranças. E que lembranças!!!...

 


Epa!... E esses carros? Seriam de outros saudosistas visitando o mesmo local?!

 

E o Araripe?!... O cara chegou à reunião com um celular todo incrementado. De repente, um som conhecido... De onde vem?... E procura daqui e procura dali, até que... Ih, vem do celular do Araripe! Não é que o cara usa o toque de alvorada como despertador? Segundo ele, a filha é a que mais reclama em casa, já que é adepta do sono prolongado. Mas o pai - esse insensível, desnaturado -, não quer saber. Se ele acorda cedo, todo mundo tem que acordar. Isso é que é ‘‘caxiagem”, hein! (Ou seria sacanagem, mesmo?!). Ô 252, dá um tempo, pô! Assim não dá!...

 

Curiosos, Temístocles, Werneck e Murilo constatam o toque de alvorada do celular do Araripe.

 

Já o Murilo - conhecido na EPCAR como o cara mais “conceito” da Turma por manter sempre o borzeguim brilhando, a fivela do cinto tinindo, cabelo sempre cortado no padrão e no dia marcado, aquele que nunca dava um V.I. e que, por isso mesmo, jamais era visto com o “10°” no pelotão de presos - continua safo. O cara agora é bivalente e se vira como pode. Levou para a galera da reunião alguns dos seus cartões, tendo estampada na frente uma propaganda de shows que faz pelas ‘nights’ e bares da vida; e no verso, outra propaganda, de consultoria imobiliária. Isso é que é pensar de forma ecologicamente correta, hein! Reproduzimos abaixo a frente e o verso do cartão. Quem precisar agitar uma festa ou tomar decisões no ramo de imóveis é só entrar em contato. (Se o cara é safo, deve ser bom!).

 


O ‘lado A’ do cartão do Murilão.

O ‘lado B’ do cartão do Murilão.

 

Outro fato relevante foi o comentário sobre a carta de despedida do querido amigo MB Dias – nosso eterno “Tainha” -, dirigida aos companheiros de Turma, no último dia 16. Foi, sem dúvida, uma das mais belas mensagens que a Nação-68 poderia receber de um oficial-general, em termos de reconhecimento e agradecimento ao apoio recebido ao longo da sua brilhante trajetória na Força Aérea Brasileira.

 

E lembrando que muitos membros da nossa Turma não fazem parte do ‘Yahoogrupos’, transcrevemos abaixo o que foi escrito pelo Dias, tão logo tomou conhecimento da decisão do Alto-Comando da Aeronáutica com relação às recentes promoções a TB:

 

Brasília, 16 de março de 2010.

  

Queridos Amigos,

 

Estou escrevendo esta mensagem, pois me sinto na obrigação de agradecer por tudo que tenho recebido nesta vida, o que inclui os meus amigos e amigas que nela amealhei.

Ontem, o Alto-Comando da Aeronáutica escolheu dois companheiros meus de “Turma de 68” para seguirem trilhando o caminho do sonho que, há mais de quarenta e dois anos, quatrocentos e cinquenta jovens iniciaram na Escola Preparatória de Cadetes-do-Ar.

Agora, Pohlmann e Machado é que conduzirão a “bandeira de 68”, para ocuparem assento naquela mesa solene onde os grandes destinos da nossa Força Aérea são traçados.

Deixo a cena do “serviço ativo”, encerro um capítulo de minha vida e parto para novos desafios e em direção a novos horizontes, confiante de que assim foram os desígnios do nosso Grande Arquiteto e “Patrão-Mor” de todos os CTGs do Universo.

Um agradecimento especial faço àqueles que me contataram ou mandaram belíssimas mensagens de solidariedade, a todos reitero a minha amizade e a certeza de que ela permanecerá em meus sentimentos, onde quer que o destino possa me conduzir.

Doei minha vida à Aeronáutica, e nela permaneci todos esses anos, por inteira convicção de que o fiz, naquele ano de 1968, como uma opção de sacerdócio, de renúncia, em prol de uma causa maior, que é a própria Nação Brasileira.

Vivi intensamente todos os períodos de minha carreira, todas as Unidades onde servi, todos os lugares que conheci, todas as aeronaves que pilotei e todas as mulheres que amei.

A Força Aérea me proporcionou conhecer uma infinidade de lugares inesquecíveis, aqui em nosso Brasil continental e no exterior.

Quantos de nós tivemos, na vida, a oportunidade de conhecer as praias nordestinas, a grandeza da Amazônia, a pujança paulista, a imensidão do pantanal ou um pôr-do-sol no Guaíba?

Como poderia esquecer um “Ano Novo” em New Orleans, um carnaval em Veneza, as pequenas estradas da Toscana ou uma visita ao Heritage ou ao Louvre?

Tudo que tenho de bens, a FAB me proporcionou. Tudo que sou, devo ao meu querido Pai, ainda comigo nos seus quase 95 anos, e à Aeronáutica que ajudou a solidificar os conceitos de coragem, lealdade, honra, dever e pátria.

Estou triste por não poder continuar, contudo não levo mágoa ou dor no coração, pois sei que o jogo é assim e que as regras foram cumpridas. Poderia ser eu o escolhido, e, da mesma maneira, gostaria que meus amigos e meus companheiros da “Turma de 68” saibam o quanto de orgulho carrego em pertencer a esse grupo tão especial, e que agora eu, junto com todos, seremos representados pelos dois últimos guardiões, que alçam a nossa bandeira para fincá-la na mesa do Alto-Comando da Aeronáutica.

Fecham-se as cortinas para o encerramento de um ato.

Trocam-se os cenários.

As cortinas se abrirão novamente, e um novo ato se fará acontecer nesta minha vida muito bem vivida.

Meus Amigos! Procurei, nesta minha passagem pela vida militar, ser honesto com meus princípios e valores; claro, justo e coerente em minhas ações e julgamentos; firme nos aspectos concernentes à hierarquia e disciplina; diligente no preparo e no aprestamento para a missão; e sempre presente na primeira linha do combate.

Como Paulo, “combati o bom combate, finalizei a carreira e guardei a fé”.

Um grande, forte e fraterno abraço a todos.

 

                                                                                                          Major-Brigadeiro-do-Ar Raul José Ferreira Dias

 

 

Valeu mesmo, Dias! Da nossa parte só temos a agradecer, não só pelas belas palavras de reconhecimento, mas também por você ter sido um dos que honraram o nome da Turma de 68, chegando aonde todos nós, um dia, almejamos chegar.

 

Dito isso, aqui vão mais algumas fotos.

 


Santos Oliveira e Murilo: tudo a ver quando a questão é “conceito”...

 


Ewerton, Justiniano e Accioly: entre um papo e outro, um gole, porque ninguém é de ferro.

 


Werneck – Mr. Sorriso -, Murilo, Temístocles – Leão Marinho - e Celso Lopes.

 


Moraes Cruz, Bosco e Heleno: Bate-papo estranhíssimo: um olhando pro outro, que olha pro outro, que olha não sei pra onde. Dá pra conversar assim?

 


Assim estava a nossa mesa antes da agitação com a música ao vivo.

 


E tome camarão ao alho e óleo acompanhado de cerveja Bohemia!

 


De repente, quem chega? Neves - o homem de Iguabinha -, acompanhado de sua cara-metade, Vera Lucia.

 


Mas não tarda muito e chega mais um “casal 20”: Araripe e Eliete.

 


Chaves, Heleno e Santos Oliveira dão uma ‘colher de chá’ ao fotógrafo.

 


Foto parcial do grupão.

 


Opa!... O que esses dois estão propondo com seus dedos em riste?

 


Vera Lucia, Neves e Eliete preferem um bate-papo mais sossegado, ao sabor de um prato diferenciado.

 


Aqui e ali, o bate-papo era a marca registrada. Em primeiro plano, Bosco e Murilo.

 

E foi isso que aconteceu. Sem mais por ora, ficamos por aqui.

 

Um forte abraço a todos e que permaneçamos como até hoje...

...SEMPRE JUNTOS!

 

Santos Oliveira

santos.oliveira.ca@gmail.com